Paradism

Quando todas as necessidades humanas forem asseguradas por computadores e robôs e todos os bens forem produzidos em abundância, não haverá necessidade de dinheiro. O sistema monetário só pode existir num estado de escassez. Para sobreviver no sistema monetário os agentes económicos esforçam-se para manter um nível elevado de preços, perpetuando o estado de escassez, através da limitação da produção, da obsolescência planeada, do consumismo, do protecionismo, dos licenciamentos, etc...

O problema que enfrentamos não é a criação de abundância, mas a sua distribuição. Devemos convidar todos ao redor de uma grande mesa e compartilhar. Como as pessoas perdem sua fonte de rendimento, juntamente com os seus empregos, os ganhos de produtividade obtidos deverão dar-lhes o mesmo nível de qualidade de vida, senão superior.

As nossas tecnologias de produção estão a progredir muito rapidamente. Elas trazem consigo o desaparecimento do dinheiro. Já existem máquinas que podem fazer qualquer objeto com qualquer forma. Hoje, essas máquinas poderiam fornecer a toda a gente todos os objetos necessários e produtos de luxo quase instantaneamente... e quase sem custo.
Muito em breve, qualquer objeto, desde uma chave de fendas a um carro desportivo, poderá ser produzido a pedido, gratuitamente e no local. O Paraisismo fará do desenvolvimento da nanotecnologia uma das suas maiores prioridades. Nano-replicadores ou nano-robôs serão concebidos para montar átomo a átomo qualquer coisa que quisermos. Usando materiais extraídos diretamente do solo, serão capazes de reproduzir qualquer objeto, incluindo os nossos alimentos e fazer pratos com receitas à nossa escolha. A nosso pedido, os alimentos serão sintetizados de acordo com o sabor e as texturas ao nosso gosto. Serão uma cópia exata ou melhorada do seu equivalente natural. Os terrenos agrícolas irão retornar ao seu estado natural ou serão transformados para nosso lazer. Quando o dinheiro tiver desaparecido, tudo terá que ser oferecido e o verdadeiro valor das coisas será medido pelo amor de quem dá.